Naturalmente, a maior insistência no cumprimento da legislação em vigor, com uma maior verificação por parte das entidades competentes e a aplicação de um maior número de coimas, reduziu substancialmente o risco de um incêndio atingir habitações ou povoações e provocar vítimas, com o maior risco a verificar-se nas vias de circulação, onde muito falta fazer para afastar a vegetação das bermas, o que potencia situações semelhantes às vividas durante os fogos de Pedrogão Grande.
As grandes alterações na Protecção Civil, previstas para Março, altura em que a lei orgânica deveria estar pronta, continuam adiadas, apontando-se agora para o final do ano, de modo a que entrem em vigor em 2019, pelo que as mudanças serão sobretudo conjunturais, sem grandes alterações de fundo, que parecem estar eternamente adiadas.
Assim, o actual dispositivo, que se pretendia mais eficaz, nunca foi colocado numa situação de esforço real, pelo que não houve, até hoje, testes efectivos, com a reacção até aos dias de hoje a ser adequada, cumprindo com eficácia a sua missão, mas desconhecendo-se como funcionaria caso se verificasse uma situação de grande complexidade, tal como sucedeu no ano anterior.
Será virtualmente impossível repetir-se a tragédia de Outubro de 2017, que, pela sua amplitude geográfica, deixa de ter condições para ocorrer, mas algo semelhante ao que sucedeu em Pedrogão Grande, onde a maior perda de vidas humanas ocorreu numa zona muito restrita, será sempre possível, havendo numerosas vias onde as mesmas condições podem convergir criando cenários similares.
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