66% dos incêndios investigados resultaram de queimadas, o que vem confirmar algo que sempre consideramos evidente, o facto de ser a negligência, independentemente da sua gravidade, e não o dolo que está por detrás da grande maioria dos incêndios florestais, desmontando-se assim diversas teorias conspirativas.
A ideia de que a maior parte dos incêndios será de resultado de actos intencionais, não se utilizando aqui a expressão negligente porque esta pode igualmente ser aplicada em situações de crime, ou a que existiria uma rede conspirativa, nunca descoberta, que, por motivos inconfessáveis, atearia os fogos, volta, assim, a ser derrotada, e com ela muitos do que, insistentemente e sem provas, a suportam com base em meras conjecturas.
Todos recordamos que a culpa já foi atribuída a madeireiros, forças políticas de esquerda e de direita, a interesses imobiliários ou outros, que funcionariam em rede, de forma organizada e estruturada, obedecendo a algum tipo de coordenação que, supostamente, passaria por uma estrutura hierárquica, configurando uma autêntica associação criminosa da qual, não obstante as investigações efectuadas, nunca houve qualquer indício.
Assim, o que as investigações conhecidas, o conhecimento da realidade nacional, e do próprio ser humano, e o bom senso, ou senso comum, todos apontam no mesmo sentido, não conspirativo, e que se traduz na falta de cuidado, que pode ser criminosa, mas não intencional, na ausência de conhecimentos e de recursos e na falta de ordenamento do território, o que permite o rápido alastrar das chamas, podendo simples queimadas dar origem a incêndios de grandes dimensões.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário