Acresce o facto de casas de segunda habitação daqueles que foram favorecidos foram beneficiadas, com a recuperação a ir muito para além do estado original, com dispendio de largas somas, enquanto para noutros casos, de grande necessidade, as verbas eram insuficientes para uma simples reconstrução.
Foi referido o exemplo de um palheiro que passou a ser uma residência, neste caso uma moradia, ou de pessoas que mudaram a sua morada fiscal de uma casa que não ardeu para outra que foi consumida pelas chamas, ficando assim com duas casas, uma delas paga integralmente por dinheiros públicos ou de donativos, num total de perto de três dezenas de casas suspeitas, sendo que muitos casos foram há muito relatados e mesmo divulgados.
As várias denúncias dirigidas à autarquia são ignoradas, incialmente negadas, sendo patente nas respostas o embaraço e mesmo flagrantes indícios de falta de verdade, com respostas dúbias ou duplices, que, efectivamente, apontam no sentido da mentira, sendo a ocultação da verdade, tal como a indução em erro, formas de, efectivamente, mentir.
Para além dos crimes de que se suspeita, e que estão em investigação por parte do Ministério Público, o sucedido com o processo de reconstrução em Pedrogão terá um impacto devastador no apoio a futuras vítimas, algo bem patente com a falta de donativos para as vítimas do recente incêndio de Monchique, pelo que o prejuizo será bem maior do que o contabilizado, podendo ser efectivamente incalculável.
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