As decisões do Governo, tomadas à revelia da LBP e da sua experiência no terreno, poderão aumentar os custos das operações, aumentando as distâncias a percorrer em missões de socorro, diminuir a eficácia no socorro, dificultar a coordenação no terreno e mobilização dos meios mais próximos ou estabelecer comandos com base na proximidade geográfica.
A LBP, no encontro onde particparam mais de 200 associações, decidiu que, ao cortar relações com a ANPC, deixa de passar informações a esta Autoridade, que optou por não comentar esta decisão inédita, em vigor desde as 00:00 de 09 de Dezembro, e que permanecerá activa por prazo indeterminado.
É óbvio que, sendo a protecção civil e o socorro assuntos particularmente sensíveis e delicados, e que nos afectam a todos e não apenas aos intevenientes mais directos, a ausência de consenso, e mesmo de um diálogo adequado, terá sempre consequências gravosas, mesmo que os bombeiros, através da LBP garanta que a segurança das populações não fica comprometida pelas opções que agora toma.
Com um sistema de socorro que se baseia, em grande percentagem, no voluntariado dos bombeiros, qualquer tipo de conflito com estes, sobretudo se evitável através de um maior diálogo, pode ter consequência grave e a saída da alçada da ANPC, em direcção a um comando autónomo, implicará sérios problemas de coordenação a nível nacional, sendo certo de que os meios do Estado, incluindo os da GNR, não podem suprir tamanha falta.
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