Nunca é demais lembrar que um dos períodos mais que mais favorece a propagação de fogos é antes da época onde a percepção e o sentido comum considera o risco mais elevado e numa altura em que um conjunto de condições e a vulnerabilidade resultante de falta de prudência e de medidas de prevenção baixa a guarda e reduz os meios.
Os períodos onde as súbitas, mesmo que curtas, subidas de temperatura antes da época onde tal é mais previsível, quando muitas actividades tradicionais, como as queimas de resíduos, ainda se realizam e a limpeza das matas não foi concluída, mesmo que ultrapassando os prazos legais para o efeito, revelam-se problemáticos, mesmo que com um número de ocorrências relativamente baixas, ocorrendo quando o dispositivo está longe da força que atinge durante períodos mais críticos.
Convém analizar o que está por detrás destas ocorrências, mas com toda a probabilidade estaremos, sobretudo, diante de casos de negligência, resultando de uma má avaliação das condições meteorológicas, aliada a um facilitismo e, por vezes, à pressão de realizar algumas actividades rurais antes que estas sejam fortemente restringidas ou proíbidas.
O número de ocorrências desta última semana de Março, não sendo alarmante, permite tirar algumas conclusões e servir de alerta para o que pode suceder caso não se alterem comportamentos, à medida que o tempo aqueça, no termo de um Inverno muito pouco chuvoso, que resulta numa situação de seca, a qual poderá, nos meses de Verão, ter um impacto substancial não apenas a nível dos incêndios, mas no próprio abastecimento de água às populações.
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