Mesmo sem entrar em detalhes, existe uma diferença geracional entre os aviões agora adquiridos e os C-130, mesmo nas suas versões mais modernizadas, as quais se continuam a basear num projecto dos anos cinquenta, que deu origem a um modelo que voou, pela primeira vez, em 1954, numa altura em que a aviação se encontrava num estado de desenvolvimento completamente diferente, não apenas em termos tecnológicos, mas também em muitos dos conceitos que orientavam os projectos.
Trata-se, portanto, de um enorme salto tecnológico, correspondente a largas décadas de evolução a nível aeronáutica, e durante a qual algumas vertentes, como a electrónica, veio permitir soluções inimagináveis na altura do desenvolvimento dos C-130, pelo que os KC-390 permitem o desempenho de missões muito mais complexas ou, simplesmente, de maior duração, trazendo novas possibilidades e capacidades para a Força Aérea Portuguesa.
Apesar da chegada dos KC-390, está prevista a permanência em serviço dos C-130, pelo menos durante esta década, podendo vir a desempenhar missões complementares ou a serem utilizados no combate aos incêndios florestais, reavivando um projecto antigo, para o qual foram adquiridos os "kits" necessários, mas que foi entretanto abandonado.
Apesar desta possibilidade, o investimento necessário para que os C-130 possam combater os fogos parece-nos exagerado, assumindo que os "kits" existentes necessitam de ser substituídos, e tendo em conta a longevidade esperado destes aparelhos, bem como a sua adequação, no presente estágio da sua existência, a missões tão complexas e exigentes como o combate aos incêndios, podendo estas representar um risco acima do aceitável para as respectivas tripulações.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário