A reportagem não aborda esta última questão, concretamente a opção por uma dada solução tecnológica em detrimento de outra, mais moderna e que oferecia melhor desempenho futuro e maiores perspectivas de evolução, tendo sido escolhida uma empresa como a Portugal Telecom, que sabemos hoje como e em função de quê era gerida, em vez da Vodafone, provavelmente menos permeável a interesses e, sem dúvida, menos pressionavel, sobretudo se pensarmos em muitas das situações menos claras que se verificaram nesses anos.
Aliás, um relatório recente, de um grupo designado pelo próprio Estado, aponta para um conjunto de problemas extensos em termos de operacionalidade, da sua insuficiência e da manifesta obsolescência de um sistema que, para ser actualizado, e nunca ficará ao nível de um sistema novo, carece de um substancial investimento, sendo patente que as correcções propostas por muito nunca foram implementadas.
De resto, todo o processo de adjudicação, realizado pelo actual primeiro-ministro, foi considerado por muitos pouco claro, tendo sido exposto pela TVI, que venceu todos os processos intrepostos por António Costa contra esta estação, tal como o foi a gestão do sistema, a sua operacionalidade e, agora, a venda das participações dos particulares, que por serem donos da rede de dados e da tecnologia continuarão a ter o seu lucro, ao Estado, agora accionista único.
Sem realmente adiantar nada de novo, eventualmente confirmando o que já se sabe, esta reportagem tem, pelo menos, a valia de voltar a lembrar uma realidade que parece só ser recordada quando tem um impacto devastador nas populações, tal como sucedeu há dois anos, e que, entretanto, parece ser esquecida, não obstante os problemas estarem sempre presentes e com consequência gravosas, como as dos incêndios do ano passado no Algarve.
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