Apesar da nossa preferência para veículos todo o terreno ir para pneus de perfil mais alto, a inclusão de discos de maiores dimensões tem, como consequência inevitavel, o aumento do diâmetro das jantes, do que resulta, caso se pretenda manter os pneus dentro de um dado diâmetro, estes terem um perfil mais baixo, sendo certo de que esta opção expõe mais as jantes, sobretudo em terreno irregular, podendo resultar em danos que, sendo estas em liga leve, facilmente resultam numa reparação onerosa.
Não obstante, graças a uma electrónica muito sofisticada que gere um sistema de transmissão integral elaborado, este Defender apresenta um excelente desempenho fora de estrada, recorrendo a opções e soluções completamente distintas do modelo anterior, onde a mecânica aliada a caixa de transferências e diferenciais representavam uma solução eminentemente física, sem ajuda exterior de electrónica, onde o papel do condutor era essencial.
Ao recorrer a uma solução baseada na electrónica, onde os sensores e microprocessadores são essenciais, o novo Defender permite uma condução fora de estrada em segurança a quem tenha menos experiência, mas pode acrescentar factores de vulnerabilidade e implicar um tipo de equipamentos de diagnóstico que vai muito para além das conhecidas Nanocom, não apenas no preço, mas na sofisticação e no "know how" necessário para a sua operação, podendo assim ficar, nesta vertente, fora do alcance de muitos proprietários.
Naturalmente, perdendo a anterior rusticidade, que lhe conferia um papel único entre os veículos destinados a expedições nos locais mais remotos, bem como a conhecida modularidade, que facilitava transformações e conversões, o novo Defender instala-se num segmento de mercado muito diferente, com outro público-alvo, que, naturalmente, terá que possuir um poder económico muito superior à média, o que pode comprometer as suas vendas em Portugal.
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