A constituição como arguido do ex-secretário de Estado da Protecção Civil, e a sua subsquente demissão, era expectável, no fundo uma mera questão de tempo, sendo óbvio que o seu adiamento resultou de uma mera gestão política de um incidente cuja gravidade ainda é desconhecida em toda a sua amplitude.
Foram efectuadas buscas à residência de José Artur Neves, do dono da "Foxtrot Aventura", e do general Morato Nunes, presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, bem como a diversas instalações deste entidade, incluindo centros distritais de operações de socorro, numa operação que se prolongou várias horas e levou à apreensão de numerosos documentos.
Estão em crimes de corrupção, fraude e participação económica em negócios, numa adjudicação feita pelo gabinete do anterior secretário de Estado a preços muito superiores aos praticados no mercado ao marido de uma autarca socialista, num negócio cujos contornos são mais do que suspeitos e levaram, numa primeira fase, à demissão do adjunto de Artur Neves.
Esta demissão inicial, que não passou de um controle de danos, nunca iria evitar que as investigações se alargassem a outros responsáveis e entidades, sendo manifesto que a ideia era a de adiar, tanto quanto possível, os impactos negativos deste caso, que acaba por ganhar novo ímpeto pouco antes do início da campanha eleitoral.
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