sábado, março 07, 2020

Vestuário em neoperene - 2ª parte

Não nos vamos pronunciar sobre a estética, mas é certo que este tipo de composto tem características que condicionam o seu corte e, naturalmente, reduzem em muito as possibilidades de uma coloração variada, acabando por ser numa única cor, tipicamente com algum brilho, aquela que provém do próprio material, sem grandes alternativas para além de uma estampagem que, naturalmente, pode ir desaparecendo.

Naturalmente, a habitual textura de fios enterlaçados, inerente aos tecidos, não está presente, surgindo uma superfície lisa, que observada com atenção é porosa, podendo ter as pequenas irregularidades associadas à borracha, mas sendo agradável ao toque, na nossa apreciação, tendo óbvias vantagens em termos de lavagem, mas devendo-se evitar químicos, produtos mais agressivos ou mesmo a máquina de lavar.

Este produto tem um preço que depende da sua qualidade e composição exacta, mas, sendo inteiramente sintético e processado de forma automatizada e mecanizada, revela-se cada vez mais barato, pelo que uma camisola de mangas compridas feita em neoperene pode ter um preço abaixo do praticado para uma peça de vestuário noutro tecido e que aqueça de forma idêntica quem a enverga, o que a coloca num patamar muito competitivo face a outras alternativas.

Apesar de algumas limitações, e das questões estéticas que descrevemos, este pode ser um dos materiais que se irão popularizar no futuro, vindo suprir algumas falhas de produtos mais convencionais e oferencendo uma relação entre o preço e as características térmicas, se usado como agasalho, que podem ser particularmente interessantes, sobretudo para quem resida em locais mais frios.

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