Não será de imediato que o turismo irá recuperar, face à quebra de confiança e ao receio que se irá prolongar no tempo, o que afectará sectores relacionados, alguns de alta tecnologia, como a aeronáutica, esperando-se que a tendência seja para uma menor mobilidade a muitos níveis, pelo que o tele-trabalho será, sem dúvida uma opção cada vez mais contemplada.
Apenas estas diferenças podem ter um impacto substancial na forma como as sociedades se organizam e como as pessoas interagem e se relacionam, inclusivé do ponto de vista pessoal, podendo levar a um maior afastamento físico e a um recurso mais insistente a outras formas de conexão, acabando por prolongar no tempo, e consolidar, uma parte das alterações agora impostas e que, no futuro, podem ser adoptadas voluntariamente por muitos.
Não esperamos, ao contrário do que temos ouvido da boca de diversos dirigentes e responsáveis, que dentro de meses se possa pensar em recuperação, pois muito antes desta acontecer, será necessário recuperar os que lhe sobreviveram e passaram por um processo traumático que se pode aproximar, em termos de consequências psicológicas, pela passagem por uma guerra, sendo de prever que os danos causados a este nível podem, para muitos, ser irreversíveis.
Apesar de parte do processo ser paralelo, somente após a recuperação na vertente humana se pode pensar que a economia vai efectivamente recuperar para níveis compatíveis com os que conhecemos, mas este patamar será, sem dúvida, alcançado de outra forma, fruto de alterações comportamentais e reequilíbrios económicos que, paulatinamente, determinarão uma nova realidade.
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