O chefe José Augusto, de 55 anos, dos Bombeiros Voluntários de Miranda do Corvo, perdeu a vida no combate inicial a um incêndio que, pelas suas dimensões, não fazia prever uma tragédia desta magnitude, tendo-se ainda verificado ferimentos em outros três bombeiros, todos livres de perigo.
Esta equipa era comandada por um graduado com uma vasta experiência e uma formação sólida, pelo que apenas situações complexas, ligadas a uma grande imprevisibilidade, poderão ter provocado este grave acidente num incêndio cujo controle parecia ao alcance dos meios no terreno, aparentando não implicar o nível de risco que, infelizmente, é imediatamente reconhecido noutras situações.
Uma súbita mudança de vento, que mudou de direcção e aumentou de intensidade, bem como o terreno inclinado e mato com perto de um metro e meio de altura, poderá ter resultado na morte por asfixia do bombeiro, que está a ser averiguada através de um inquérito ordenado pelo Ministério da Administração Interna, esperando-se pela divulgação do relatório para ter maiores certezas quanto ao sucedido.
Lamentamos profundamente o falecimento deste bombeiro no acidente que ocorreu no sábado passado, na serra da Lousã, e enviamos a familiares, amigos, camaradas da corporação e restantes bombeiros o nosso voto de pesar e a solidariedade que se impõe nestes momentos, esperando que o ano de 2020, que tem demasiadas particularidades, não se revele ainda mais trágico no combate aos incêndios florestais, cuja campanha, em tempos de pandemia, sofreu óbvias limitações.
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