Na verdade, estas imagens, se assustam os portugueses, irão assustar ainda mais potenciais turistas, que escutam discursos alternativos, nos quais são oferecidos outros destinos para férias, supostamente mais seguros, num esforço que muitos países promovem no sentido de recuperar este importante sector e que foi um dos mais afectados pela pandemia.
Tal como as estatísticas, e em Portugal os números tendem a ser ignorados, a imagem é, igualmente, decisiva quando alguém pretende marcar férias, e em ambas as vertentes a mensagem ou a impressão transmitidas são francamente negativas, com as recentes imagens de Albufeira a revelar um escasso cumprimento das normas de segurança, um facilitismo desregrado e uma situação de enorme risco para todos quantos se encontrem naquela localidade algarvia.
E se no turismo, que representa perto de 12% do PIB a situação é trágica, nos restantes sectores da economia também se revela muito negativa, sendo quase certo que a contração do PIB, que estimamos em pelo menos 12% face ao ano anterior, será muito superior aquela que o Governo prevê, mesmo que não se verifique uma segunda vaga, ou um novo pico, que pode suceder a partir de meados de Setembro ou em Outubro.
Com demasiadas fraquezas estruturais, demasiadamente dependente de outros países, eles próprios enfrentando graves dificuldades, e com a logística em termos mundiais a experimentar problemas e desafios, a economia portuguesa irá demorar muitos anos a recuperar, mesmo se, optimisticamente, os apoios comunitários atingirem os limites superiores do que se encontra actualmente previsto.
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