Se a perspectiva da utilização de máscaras, nomeadamente as designadas por "sociais" ou "comunitárias", é a de que cada um protege os outros, esta é uma decisão que pode fazer sentido, muito embora se possa considerar duvidosa e com efeito muito reduzido, mas será, sem dúvida, uma forma de enviar uma mensagem às populações.
Por outro lado, as chamadas máscaras comunitárias destinam-se, essencialmente, a proteger os outros, no pressuposto de que será de uso por todos, mas deixam vulneráveis quem as usa sempre que num ambiente mais contaminado ou quando o seu uso não seja geral, ou seja, face a alguém sem máscara.
Assim, consideramos que, passada uma primeira fase de escassez, o uso de máscaras, caso seja considerado como adequado, deve pressupor que estas protejam o portador, ou seja, que, ao contrário das máscaras comunitários, que protegem quem se encontra próximo, a protecção própria deve ser contemplada, já que, mesmo quando de uso obrigatório, há quem não use máscara ou a use de forma incorrecta.
Desta forma, para além de um maior grau de protecção individual, diminui substancialmente o risco de alguém que, sendo cumpridor e usando uma máscara comunitária, se veja infectado por alguém que opta por não cumprir o disposto na lei, deixando o cumpridor de ser a vítima e o incumpridor, mesmo que podendo ser autuado, aquele que mais beneficia em termos de saúde, algo que, naturalmente nunca deveria acontecer.
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