Manifestamente, depois de uma gestão errática da crise e da incapacidade de a entender e interpretar os dados, esgotadas as reservas num primeiro confinamento generalizado, sem que, com a aprendizagem resultante da evolução da pandemia, uma maior selectividade permitisse evitar o descalabro económico, enquanto os mais vulneráveis eram protegidos, pouco se aprendeu.
Durante o intervalo entre a primeira vaga e o confinamento e a segunda vaga, que os especialistas previam, pouco ou nada se planeou e as acções foram virtualmente nulas, sendo patente que algum optimismo que de tão irrealista parece doentio, permitiu uma evolução que todos adivinhavam, mas nenhum responsável teve a coragem de mencionar, obviamente enquanto anunciava um plano realista para o enfrentar.
Mais uma vez, são os acontecimentos que determinam as acções, que, por serem meramente reactivas, não passam de um ineficaz controle de danos, onde o pressuposto da falta de um investimento sólido na defesa das populações e na protecção dos mais vulneráveis se revela particularmente evidente.
No fundo, e mais uma vez, as medidas pouco ou nada adiantam, com excepção do uso de máscara na via pública, e mesmo essa, dado que é apenas em locais de concentração de pessoas, deixa um espaço para diversas interpretações, tornando complexa a fiscalização e, mais ainda, qualquer tipo de punição.
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