Sempre que possível, o regime de teletrabalho é obrigatório, independentemente do vínculo laboral, mas as aulas continuam a ser presenciais, pelo que continua a haver deslocações e contactos, algo que pode agravar-se pela ausência de uma cerca sanitária, o que permite aos residentes nestes concelhos, querendo, deslocar-se aos concelhos vizinhos, por exemplo, para jantar fora ou fazer compras depois das 20:00.
No entanto, para além deste conjunto de três concelhos, Felgueiras, Lousada e Passos de Ferreira, os dados existentes não permitem saber se estas medidas mais restivas não se deviam extender a outros, onde, manifestamente, os números de infectados são igualmente elevados, mas cujos totais são ainda desconhecidos.
Sabe-se que, com uma taxa que ultrapassou os 70% de ocupação nos cuidados intensivos, distribuídos de forma assimétrica, vários hospitais atingiram o seu limite, sendo cada vez mais óbvia a enorme pressão sobre o sistema de saúde e a crescente dificuldade deste em responder adequadamente.
O Governo continua a afirmar que a capacidade do sistema de saúde é elástica, portanto que pode ir aumentando, esquecendo que os elásticos, quando atingem o seu ponto de ruptura, simplesmente partem, comprometendo toda a sua funcionalidade, algo que, infelizmente, pode suceder nos serviços de saúde, sobretudo nas urgências, que já se encontram bastante saturadas.
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