Torna-se cada vez mais óbvio que o actual Governo não soube gerir a actual pandemia, nem aprendeu com a evolução desta, tendo optado por uma forma de negação da realidade, dando prioridade a interesses próprios e a dogmas ideológicos ao invés de resolver os problemas das populações.
Enquanto países com melhor preparação, como a Alemanha, se anteciparam, implementando medidas mais severas com uma muito maior antecedência, foi necessário esperar meses para que o governo português saísse do um longo torpor, que abrangeu o Verão e grande parte do Outono, período durante o qual nada de concreto se fez, para que começasse, lenta e descoordenadamente, a manifesta alguma reação que demonstra, sobretudo, incómodo face ao crescente clamor social.
O discurso confuso e errático, que menciona constantemente a capacidade de o Serviço Nacional de Saúde aumentar os recursos de forma elástica, omitindo que o ponto de ruptura, para além de estar manifestamente próprio, continua a ser ocultado das populações, enquanto justifica, por vezes com alegações desmentidas, a impossibilidade de recorrer a privados como complemento, tem sido tónica dominante neste caos que vive o ministério da Saúde.
A recusa em recorrer aos privados, algo apenas justificável como resultado de dogmas ideológicos por parte de uma ministra da Saúde que se revela incapaz de gerir o sector, seguindo as sua convicções pessoais mesmo quando destas podem resultar gravíssimos prejuízos para quem necessite de serviços na área da saúde, adiando sucessivamente actos médicos de cada vez maior importância para a vida e saúde dos pacientes.
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