Não temos dúvidas de que todo o plano de distribuição está muito atrasado e que, quando concluído, se irá deparar com outros problemas, como a indisponibilidade de meios logísticos, cuja especificidade, no caso das vacinas da Pfeizer, que obrigam a uma cadeia de frio de muito baixa temperatura, dificilmente será criada atempadamente, sobretudo tendo em conta que outros países já se anteciparam nas necessárias aquisições.
Caso tal aconteça, dificilmente a vacina da Pfeizer, que pode corresponder a perto de 40% das aquisições pode ser distribuída de forma universal, podendo ficar restrita aos centros urbanos, pelo que os critérios de selecção deixarão de ser de ordem médica, de acordo com a adequação de cada vacina ao perfíl do paciente, passando a ser meramente logística, baseada na possibilidade de ser ministrada num determinado local.
Parecendo secundária, a vertente da logística é absolutamente essencial, tendo um impacto operacional, com consequências para a saúde pública, mas também na confiança no sistema, cada vez mais comprometida face a uma longa série de decisões erradas, das quais resultam prejuízos, inclusivé financeiro, por ser necessário efectuar aquisições quando os preços subiram, como consequência da escassez de equipamentos, e para a saúde de que tem que ver a espera pela vacina prolongada.
A actual opção, de centralizar na zona indústrial de Coimbra a recepção a nível nacional e fazer uma distribuição regional a partir daí, parece-nos completamente errada, não apenas pelos riscos inerentes ao armazenamento de produtos que obrigam a condições especiais de conservação numa única localização, mas também pelos problemas logísticos inerentes à sua redistribuição.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário