Mas como a falta de discernimento e uma trajectória completamente errática e imponderada, que abre e termina excepções como consequência de simples pressões sectoriais, e podemos apontar várias, como a proibição de feiras de levante nos concelhos mais atingidas, imediatamente levantada após pressão do sector, não será pela sucessiva adição de meios, que serão sempre limitados e insuficientes, que se obterá uma solução para qualquer dos problemas existentes ou, sequer, uma orientação no sentido desta.
Preencher a estrutura do "Estado de Emergência" com medidas eficazes e flexíveis, fruto de uma análise correcta da realidade, sem preconceitos ideológicos, nem jogos político-partidários, colocando à frente o interesse nacional, e incluídas num plano adequadamente elaborado, feito de forma realista e pragmática por especialistas, e não pelos actuais detentores de muitos cargos, que demonstraram completa incapacidade para o desempenho dos mesmos, seria o passo essencial para controlar os danos, única forma de tentar antecipar cenários futuros.
Tal implica, inevitavelmente, substituir grande parte, se não a totalidade de quem geriu e operacionalizou a resposta à pandemia, selecionando criteriosamente especialistas nas várias áreas e estabelecendo mecanismos de cooperação e interacção sob a supervisão de decisores competentes e corajosos, capazes de implementar medidas difíceis e impopulares sem receio das consequências.
Infelizmente, apesar dos resultados, os principais responsáveis por um conjunto de decisões manifestamente erradas, e os resultados confirmam-no, permanecem nos seus cargos, do que resulta um contínuo aumento das desconfiança, do que decorre um cada vez maior alheamento das regras, e um franco incentivo para todos aqueles que, negando a ciência, tiram partido da má aplicação desta para reforçar os seus argumentos, conquistando assim mais adeptos para as suas causas.
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