Com infecções diárias a passar as 10.000 e um número record de vítimas mortais, não podemos ter dúvidas que estamos diante de uma "tempestade perfeita", onde uma nova estirpe, mais contagiosa, conjuntamente com uma vaga de frio, que afecta, sobretudo, os mais vulneráveis, bem como as consequências do alívio de restrições no período de Natal, não restam grandes dúvidas quanto ao futuro próximo.
Não estamos perante algo de inesperado, na verdade, em pleno Inverno, tudo isto era previsível, podendo apenas alegar-se que a vaga de frio podia não ocorrer nesta data exacta, mas, estatisticamente, ocorreria mais semana, menos semana, pelo que, diz-nos a prudência, deveriam ter sido tomadas as providências para enfrentar o pior cenário, sem a perpectiva irrealista, que ronda a loucura, que tem determinado muitas opções políticas.
Aliás, o irrealismo continua, quando se adiam decisões, mesmo perante um cenário trágico, esperando por uma futura reunião de especialistas, sem que sejam adoptadas medidas de contingência que, mesmo podendo depois ser aliviadas, caso se revelem exageradas, o que duvidamos aconteça, tal a evolução do número de contágios, internamentos e vítimas mortais, com os modelos matemáticos utilizados a apontar para um agravamento da situação.
Mesmo a ideia, absurda, de que o aumento de contágios pode ter a ver com uma diminuição da testagem na altura das festas, e de que não existem dados concretos é facilmente desmentida pelo aumento de internamentos e mortos, os quais não dependem de testes, ocorrendo num prazo conhecido após as infecções, e numa percentagem destas cada vez mais conhecida pelos especialistas e que, actualmente, se pode incluir ao nível no próprio senso comum.
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