Inevitavelmente, regressaram as medidas já impostas em Abril, como o recolhimento domiciliário, o recurso ao tele-trabalho e o encerramento do comércio não alimentar, sendo a principal diferença a manutenção do regime presencial nas aulas ou actividades escolares, ignorando o elevado risco resultante desta opção.
Esta é uma opção que se entende, como forma de minorar o impacto naqueles que possuem menos recursos e apoio na aprendizagem, mas que pode comprometer o esforço geral, sendo certo para muitos epidemologistas que as crianças, tendo raros e leves sintomas, são factor de contágio e a falta de cuidado de muitos jovens, em grandes convívios sem máscara nas proximidades dos establecimentos de ensino, não podem deixar de ser um foco de disseminação do vírus, levando-o para as respectivas residências e infectando familiares mais vulneráveis.
É de notar que, com 87% dos contágios a serem de origim desconhecida, não existe um seguimento efectivo das cadeias de contágio, pelo que as medidas se baseiam em dados inconsistentes, onde predominam os contágios familiares pela simples razão de serem os mais simples de apurar, dado ocorrerem num espaço de convívio restrito, controlável e onde os presentes são facilmente identificáveis.
Além disso, a mensagem do Governo, volta a ser contraditória, e começa com uma menção à esperança que resulta da implementação do programa de vacinação, e não pela evolução da pandemia, que no dia do anúncio destas medidas atinge um novo máximo de vítimas mortais, nem pelo esgotamento de recursos na área da saúde, parecendo ignorar o estado do País e as consequências de um conjunto vasto de más decisões.
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