Infelizmente, a situação da pandemia em Portugal evolui da pior forma, ultrapassando as piores expectativas e colocando o país no topo das tabelas de infecções e mortes por milhão de habitantes, com a perspectiva de continuar a piorar antes de se sentirem algumas melhoras.
Existem razões para entender o porquê do que alguns consideram uma lamentável surpresa mas que, para nós, era uma das possibilidades em aberto, numa margem muito larga que resulta da falta de testagem em locais ou ambientes críticos, de uma mensagem errática e inconsistente por parte dos dirigentes políticos, de um alívio que resulta da anunciada chegada de uma vacina ou da saturação resultante de meses de vida suspensa, para mencionar apenas algumas das que são de mais fácil entendimento e consenso geral.
Este conjunto de factores, que é muito mais alargado do que os descritos e impactam de forma muito distinta nos vários distritos e realidades sócio-económicas, nunca foi devidamente estudado, pelo que as previsões resultam incompletas, faltando-lhes factores multiplicadores que podem ampliar substancialmente a amplitude das curvas que todos conhecemos.
As projecções matemáticas, que muitos consideraram exageradas, apenas pecaram por defeito, essencialmente porque não incluem um conjunto de factores subjectivos, a nível comportamental, que não podem ser traduzidos por fórmulas, mas cujo impacto é decisivo, podendo revelar-se determinante a ponto de comprometer métodos e critérios mais objectivos.
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