Apesar de esta falha ter tido uma duração que se pode considerar curta, inferior a uma hora, tendo em conta o número de chamadas horárias para o serviço de atendimento, serão numerosas aquelas que não terão sido atendidas, ou o foram tardiamente, bem como as consequências daí resultantes, que, naturalmente, devem ser devidamente auditadas.
É absolutamente inaceitável que, por uma simples falha de energia, mesmo que extensa ou generalizada, o 112 deixe de funcionar, com consequências que todos podemos imaginar, revelando a fragilidade de um componente essencial ao socorro, concretamente a sua principal via de acesso, expondo a um perigo grave toda a população, tal como não podemos aceitar que tal passe de forma quase desapercebida e não se apurem imediatamente responsabilidades.
Infelizmente, em Portugal parece não haver qualquer tipo de responsabilização, a nenhum nível, optando-se por encontrar o que se pode designar por bodes espiatórios, personificados por técnicos intermédios que, quase sempre, nada podiam fazer para evitar o problema que as hierarquias imediatamente lhes atribuem, quase sempre como resultado de uma auditoria interna, feita a pedido os principais interessados, e que, basicamente, visa apenas protegê-los.
Nunca saberemos as verdadeiras consequências desta falha no 112 e sistema redundate, nem prevemos que sejam implementadas medidas no sentido de tal situação se repetir, sendo que, quase certamente, irá surgir, de forma discreta, um relatório inconclusivo onde algum tipo de responsabilização pode, no limite, recair num conjunto de factores considerados imponderáveis mas que, com planeamento, seram obrigatoriamente previstos.
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