Entre o escalar do conflito na Ucrânia e competições deportivas internacionais, o ataque informático que atingiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros e tem impedido o uso regular de correio electrónico desde o fim de semana passado tem passado quase desapercibido, não obstante a extrema gravidade da situação e a possibilidade de esta intrusão ter comprometido outros orgãos do Estado.
O ataque foi confirmado, após denúncia, na quarta-feira, por parte da revista Sábado, mas poucos detalhes foram revelados, sendo apenas adiantado que as entidades competentes, a Polícia Judiciária e o Centro Nacional de Cibersegurança, estariam a investigar o sucedido, não sendo abordada nem qual a extensão do ataque, nem a gravidade do mesmo.
Fica, também, uma dúvida quanto à duração do ataque, dado que os problemas com o correio electrónico, tanto quanto se sabe começaram cinco dias antes de este ser admitido, podendo, no limite, apenas se ter percebido a origem do problema dias depois, ou seja, apór ter decorrido um fim de semana e, pelo menos dois dias úteis da semana seguinte, o que permitiria a qualquer intrusor dispor de tempo para obter uma enorme quantidade de informação.
Mantém-se em aberto, por parte dos orgão de comunicação social que investigaram, sem obter muitos detalhes, este ataque, um conjunto de possibilidades alarmantes, entre estas o acesso a áreas reservadas, onde documentos secretos estão guardados, bem como, a partir desta intrusão, a mesma ter sido expandida pela rede dos serviços do Governo, recorrendo aos canais de ligação internos que esta implementa.
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