Fez ontem, dia 17, cinco anos após os trágicos acontecimentos que, na zona de Pedrogão Grande, resultaram na morte de 66 pessoas, tendo esta data sido relativamente ignorada pelo poder político, que, para além da presença do Presidente da República numa missa evocativa em Castanheira de Pera, optaram por esquecer esta tragédia.
Efectivamente, para além da reconstrução de habitações, muito envolvida em polémica, do que resultaram processos judiciais em curso, a situação não melhorou, com a zona queimada a ser invadida por eucaliptos, que rodeiam as árvores destruídas e que, em muitos casos permanencem no local, dando origem a uma situação que, segundo alguns especialistas, é mais grave do que a existente em 2017.
Essencialmente, nada foi feito, os avisos dos especialistas, que elaboraram extensos relatórios detalhando o sucedido e as respectivas causas, foram ignorados e, passado o período de choque, a que se seguiu, no mês de Outubro seguinte, outra tragédia, resultante de uma vaga de incêndios, tudo caiu no esqucimento, apenas recordado quando as notícias dos processos em curso, inevitavelmente, os trazem à memória.
No entretanto, os processos judiciais arrastam-se, sendo absolutamente impossível prever o seu termo, sabendo como funciona a Justiça portuguesa e a forma como os recursos e incidentes podem ser utilizados para prolongar um processo até à prescrição dos factos que lhes deram origem.
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