Há muito que a evolução climática fazia antecipar a situação que hoje se vive e que, para diversos especialistas, pode ser a mais complexa vivida, com um número de dias consecutivos de elevadas temperaturas, em várias zonas do País acima dos 40º, do que resulta um perigo extremo em termos de incêndios florestais.
Apesar de muitas lições terem sido aprendidas desde as tragédias ocorridas há cinco anos, nem todas passaram para o terreno, sendo patente que a falta de ordenamento das zonas rurais pouco ou nada evoluiu, com excepção no referente à faixas de segurança em torno das povoações, e que o envelhecimento das populações e consequente despovoamento compromete em muito qualquer esforço na rentabilização e protecção dos espaços rurais.
Em contrapartida, existe uma maior sensibilidade para o tema, incluindo-se aqui os orgão do Estado, com o Presidente da República e Primeiro Ministro a cancelarem viagens oficiais aos exterior para poder acompanhar mais directamente uma situação que terá tendência para se agravar nos próximos dias, altura em que, após um prolongado esforço, os recursos terão tendência a diminuir, se não em efectivo, pelo menos em eficácia.
Ao entrar em "Situação de Contingência", mobilizando meios e impondo um conjunto de restrições, após dias em que o fogo grassou sobretudo no centro de Portugal, antecipa-se o possível agravamento da situação que se teme para esta terça-feira, altura em que as condições se vão agravar, levantando novas dificuldades no combate às chamas que, com tempo quente e seco, se alastrarão com maior facilidade.
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