Para além de temperaturas que podem exceder os 40 e mesmo os 45º e mais nalgumas zonas do País, esperam-se ventos e poeiras, no que alguns designam por uma "combinação perfeita" que pode anteceder uma catástrofe, sendo, possivelmente, a conjugação de factores mais perigosa desde o incêndio de Pedrogão Grande, podendo-se aqui relembrar igualmente a situação vivida em Outubro do mesmo ano, igualmente trágica, mas como uma configuração distinta, abrangendo uma larga área de território nacional.
Esta combinação, a que podem acrescer trovoadas, ocorre numa altura em que o país enfrenta uma seca prolongada, o que não apenas potencia a propagação do fogo, mas também limita a disponibilidade de água para o combater e pode dificultar as operações dos hidroaviões, que necessitam de uma extensão de água com uma profundidade que garanta segurança para reabastecer os tanques.
Face a estas previsões e aos alertas de meteorologistas, num cenário complexo e com meios que, não obstante a evolução verificada ao longo dos últimos anos, têm limitações, para as quais o apoio internacional, já solicitado e presente, não oferecem uma solução efectiva, sendo de esperar dificuldades no combate aos fogos, sobretudo tendo em conta que estes decorrem com intensidade desde o fim de semana.
O risco será crescente a partir de terça feira, atingindo, segundo as previsões, o seu ponto crítico na quinta feira, dia para o qual está prevista a temperatura mais alta e a combinação de factores mais perigosa, acrescendo o desgaste dos dias anteriores, sendo de esperar um crescendo que pode evoluir negativamente nos dias subsquentes caso o dispositivo não consiga controlar as situações mais críticas atempadamente e antes que outras surjam.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário