Segundo o contrato estabelecido, os dois primeiros UH-60 devem ser entregues durante o primeiro trimestre de 2023, o que aponta para serem aeronaves em processo de recondicionamento, sendo que o valor total nos parece francamente exagerado para este tipo de aeronave, mesmo incluindo peças, manutenção e formação, tendo em conta os preços praticados e o facto de, sendo destinados ao combate aos fogos, quase certamente virem desprovidos da electrónica mais sofisticada existente nas mais modernas versões militares.
Segundo as informações de que dispomos, o preço de um UH-60 pode ir deste perto de seis milhões de Euros, para uma configuração base e um número de unidades elevado, até mais de 25 milhões para uma aeronave com uma configuração específica, incluindo os equipamentos mais sofisticados, pelo que o valor pago pelo Estado português, que opta por helicópteros usados, mesmo que recondicionados, parece exagerado quando comparado com o valor base de uma unidade nova.
É de notar que o custo de manutenção deste tipo de aeronave é extremamente alto, com mudanças de peças e revisões periódicas, num ciclo curto, que será reduzido caso operem, como está previsto, nas difíceis condições de um fogo florestal, pelo que, tratando-se de unidades com algumas décadas, o encargo para o Estado para manter esta frota operacional será elevado, suspeitando-se que, a exemplo do que sucede com outras aeronaves, o nível de operacionalidade baixa, não custando a imaginar que poucos anos após a aquisição, apenas 2 a 3 UH-60 estarão a operar.
Sem saber quantas horas de voo já tive cada uma destas aeronaves, é difícil saber qual a esperança de vida que ainda têm, em termos operacionais, mas tal depende, no caso dos UH-60, de diversos factores, incluindo o lote a que pertencem, dado que há unidades com uma vida útil expectável de 12.000 horas e outras que podem chegar às 20.000 horas de voo.
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