Passam hoje vinte e dois anos sobre o mais mortífero atentado terrorista de que há memória, um dia que mudou o Mundo, segundo muitos, mas cujas lições não foram realmente aprendidas, resultando numa evolução perigosa da conjuntura internacional, sem que instituições consigam impor o direito aplicável, continuando a permitir todo o tipo de atropelos à legalidade e a existência de estados pária, alguns deles dispondo de armamento nuclear.
Nos dias de hoje, não obstante o elevado número de vítimas dos atentados realizados em 2001, o comportamento terrorista de diversos estados, seja contra as próprias populações, seja agredindo estados independentes e soberanos, violando flagrantemente e quase sempre impunemente o direito internacional, configuram actos de terrorismo com consequências mais graves do que os ataques contra as Torres Gémeas e o Pentágono.
Existem, manifestamente, outras formas de terrorismo, patrocinados por estados ou perpretados directamente por estes, assumindo que ataques contra populações, sem visar alvos militares, se enquadra numa política de terror, cujo objectivo é subjugar outrém destruindo-o fisicamente ou moralmente, eliminando a vontade de resistir mesmo a tal corresponda uma perda de independência, com tudo o que isso implica para um povo.
Em todos estes casos de terrorismo, sobretudo os patrocinados por um estado, estamos para além de uma simples ideologia política ou opção religiosa ou doutrinal, trata-se de um crime que, na maior parte dos casos, tem, essencialmente, motivações pessoais, que podem passar pela sobrevivência de um regime e, inerentemente, pela de toda uma classe dirigente que apenas com recurso a métodos criminosos consegue manter o poder.
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