A detenção do fundador do Telegram, Pavel Durov, nascido na Rússia, mas também com nacionalidade francesa, na noite do passado sábado, quando o avião particular com matrícula do Azerbaijão que o transportava aterrou na pista do aeroporto Le Bourget, levanta questões complexas quanto à segurança e moderação na Internet.
Para a justiça francesa, a falta de moderação nos canais do Telegram e a falta de cooperação de Pavel Durov com as autoridades, permitindo que, graças às funcionalidades e ferramentas que esta plataforma de comunicações disponibiliza, como os números descartáveis e a criptografia ponta a ponta, o associam aos crimes que diversos utilizadores praticam.
É sabido que no Telegram, mas também outras plataformas semelhantes, são utilizadas para contactos dentro de redes que se dedicam a crimes como o tráfico de droga, a pedofilia ou a fraude, mas que, por outro lado, são utilizadas em países onde não existe liberdade de expressão e quem se opõe ao regime vigente corre sérios riscos de prisão ou mesmo de morte.
Aliás, foi exactamente para permitir comunicações seguras em regimes opressivos, que o Telegram foi criado, quando o seu fundador necessitou de um sistema que lhe permitisse comunicar de forma segura após uma revista à sua residência e a eminência de uma detenção, situações que o levaram a abandonar a Rússia, onde também criou a rede VK, que podemos descrever como o equivalente russo do Facebook.
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