A desculpabilização, com alegações de fogo posto, não provado, que terá ocorrido num local inacessível, e aí temos que nos interrogar como o suposto incendiário aí terá chegado, que se sucede a numerosas contradições quanto aos meios existentes e à necessidade de reforços, sobretudo a nível aéreo, aparentando uma estratégia de controle de danos, levanta desconfiança e resulta muito pouco credível.
A autêntica novela dos meios aéreos, concretamente dos Canadair espanhóis, que, alegadamente, seriam inúteis, por inadequados para operar sobre uma área com a orografia da Madeira e terem que recorrer a água do mar, o que prejudicaria os solos, razão que levou o secretário da Protecção Civil, numa estranha entrevista, a partir da Ilha do Pico, mas envergando o colete da Protecção Civil, a dizer que este tipo de aeronave não seria utilizada.
Em menos de 24 horas, e obviamente sem grandes justificações, porque as condições se mantêm, as mesmas aeronaves provenientes de Espanha passaram a ser indispensáveis, com chegada anunciada para o dia seguinte, continuando-se sem entender porque não houve um pedido nos primeiros dias dos incêndios e porque não foram mobilizados outros meios a partir de Portugal Continental.
Esta atitude não seria de espantar, quando o mesmo responsável recusava a necessidade de reforços, alegando que apenas 10% dos bombeiros estavam empenhados no combate aos incêndios, acabando por aceitar o envio de contingentes do Continente e dos Açores, demonstando assim que existia falta de efectivos, algo que, perante a descrição de autarcas e populares, parece mais do que confirmado.
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