A falta de ordenamento florestal, a inexistência das zonas de contenção previstas, a reflorestação feita com recurso a eucaliptos ou a inexplicável autorização camarária para que seja largado fogo de artifício no município do Machico durante o decurso dos incêndios, em nada contribui para que as populações se sintam seguras ou que os operacionais se sintam motivados no combate que continuam a travar contra as chamas.
Ao contrário do que dizem alguns responsáveis políticos, este incêndio pode ter consequências desastrosas para a ilha, sendo possível que se verifique uma diminuição das receitas do turismo, essenciais para a sustentabilidade de uma região que não aposta na diversidade, sendo óbvio que, mesmo que não haja unidades hoteleiras afectadas, a opção de muitos turistas pode não ser a de visitar uma ilha devastada pelas chamas.
Independentemente do seu passado, quando um político não tem a capacidade de ser aperceber do absurdo do seu comportamento, bem patente na reacção das populações, este não deve ter outra opção que não a de se afastar, cabendo aos vários orgãos perante os quais responde, caso não o faça, tomar medidas para que os eleitores se pronunciem decidam em quem confiam para liderar o governo.
Esperamos que o exemplo deste decisores políticos tenha rápidas consequências, com a perda dos mandatos, e que sejam apuradas responsabilidades, sendo certo que as decisões erráticas e tardias tiveram consequências que, pela forma grosseira de que se revestem, justificam uma investigação criminal por parte do Ministério Público que, cremos, terá muitas razões para agir.
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