Uma alternativa para as chamadas falsas para o 112 - 3ª parte

Existem plataformas que, de forma automática, introduzindo um atraso de décimas de segundo, consequem aferir se uma transação é genuína, efectuada de forma legítima, ou se pode tratar-se de uma fraude, usando para tal um conjunto de indicadores, padrões e informações previamente recolhidas, devidamente trabalhado e consolidado, podendo para tal serem utilizados recursos de inteligência artificial.

A possibilidade de oferecer aos operadores ferramentas para melhor detectar pedidos falsos intencionais, e aqui nem excluímos o recurso a ferramentas do tipo "Voice Stress Analysis", que tem funcionalidades semelhantes às do polígrafo, recorrendo a voz e sendo mais fiável, pode reduzir o envio de meios para onde não são necessários, podendo, inclusivé, passar este tipo de chamada suspeita para operadores especializados.

Este processo, recorrendo a diversos meios tecnológicos, pode ser feito em simultâneo com o atendimento, alertando os operadores e sugerindo questões que permitam uma melhor avaliação da veracidade e genuinidade do pedido de socorro, sempre que o sistema verifique estarem presentes os elementos habitualmente constantes de falsos pedidos, o que, não impedindo a perda de tempo no atendimento, pode evitar o envio de meios de socorro quando exista evidência de que estes não serão necessários.

Oferecer um número e um sistema de atendimento automatizado, que todos possam memorizar e utilizar, para além de poder descongestionar o 112, transmite uma sensação de segurança e um acompanhamento que, em momentos mais complexos, podem fazer toda a diferença, podendo, no linite, resolver o problema que está na origem da chamada.