terça-feira, maio 27, 2008

Bombeiros de Coimbra vão criar uma empresa de transporte de doentes - 2ª parte


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Uma ambulância dos bombeiros

A operação das ambulâncias levanta cada vez mais problemas às corporações, com o preço de quarenta cêntimos por quilómetro pago pelo Estado a manter-se inalterado há mais de um ano, não obstante mais de uma vintena de aumentos no preço do gasóleo que acabam por ser suportados pelas próprias associações humanitárias.

Estes problemas são agravados pelo aumento de distâncias a percorrer, resultantes do encerramento de múltiplas unidades de saúde, pelo que a entrada no mercado do transporte de doentes será uma das opções para ajudar a equilibrar as contas das corporações.

Uma das vantagens desta empresa relativamente à concorrência reside no facto de contar com um custo operacional menor, dado o número de voluntários envolvidos, podendo assim rentabilizar os meios disponíveis e equilibrar melhor as contas das corporações que, obviamente, mantêm os anteriores compromissos em termos de socorro e transporte de doentes.

Uma experiência positiva em Coimbra apresenta ainda a vantagem deo modelo poder ser alargado a outros distritos ou servir como base a estruturas regionais ou de nível nacional, algo que a própria Liga dos Bombeiros Portugueses em tempos chegou a propor, mas que ainda não passou à prática.

Esta solução, tal como qualquer outra que rentabilize os meios existente, é obviamente benvinda, mas sem o apoio do Estado através da revisão dos valores pagos pelos vários serviços, poderá não ser o suficiente para que o transporte de doentes deixe de constituir uma actividade ruinosa para diversas corporações.

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