terça-feira, novembro 11, 2008

Ministro elogia papel dos bombeiros no combate ao fogos


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Bombeiros portugueses numa cerimónia

Durante a cerimónia de Homenagem ao Dispositivo de Combate aos Incêndios Florestais, o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, elogiou a acção dos bombeiros no combate aos incêndios florestais, salientando o "espírito de missão, trabalho humanitário e dedicação abnegada" que estes demonstraram.

Para o ministro, os resultados obtidos em 2008 "não são fruto da sorte", mas o resultado do maior nível de conhecimentos e da eficácia do modelo de organização adoptado, tendo aproveitado para realçar que estão em fase de conclusão os instrumentos legais e regulamentares para a atribuição de apoios aos corpos de bombeiros, sendo previsível que estejam concluidos no próximo ano.

Na mesma ocasião, o presidente da Liga Nacional de Bombeiros, que não discursou na cerimónia como manifestação de protesto criticou o atraso no modelo de financiamento, lembrando que o modelo organizacional de protecção e socorro foi elaborado há três anos, com o apoio dos bombeiros, mas a sua implementação e a viabilização das soluções apontadas têm vindo a ser adiadas.

A falta de resposta às expectativas dos bombeiros, a sua secundarização e subalternização e o adiamento dos programas de reequipamento e edificação de infra-estruturas a nível da protecção civil tem causado um manifesto descontentamento e a desmotivar muitos dos voluntários que se vêm abandonados pelo poder político que tem dado prioridade a outras entidades, onde foram feitos investimentos de vulto de retorno duvidoso.

Tem havido um manifesto desinvestimento nalgumas vertentes, comprometendo sobretudo a área do voluntariado, a qual, não obstante o esforço no sentido de uma maior profissionalização, continua a ser a pedra basilar do sistema de socorro em Portugal, sendo que cada euro gasto nesta área tende a render muito mais do que as vultuosas verbas gastas em sistemas profissionais que nem sempre rentabilizam adequadamente os sofisticados meios de que dispoem.

Entretanto, as corporações de bombeiros voluntários continuam a aguardar por legislação, regulamentação ou outras directivas que vão sendo adiadas conforme as necessidades orçamentais ou as vontades políticas de quem opta por investir em entidades cujo controle hierárquico parece mais fácil e de onde tende a haver menor contestação.

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