Militares da GNR durante um desfile
Estes dados fornecidos pelo Chefe de Gabinete de Psicologia da GNR adiantam ainda alguns dados que apontam para uma idade média de 45 a 50 anos e para apenas uma militar do sexo feminino se ter suicidado, algo de natural se ponderarmos a proporção de efectivos dos dois sexos.
A GNR, que tem um efectivo de 26.000 militares, criou em Outubro uma linha SOS, que já acompanhou 100 militares, mas também actua em termos de prevenção, avaliando traços de personalidade, dando apoio psiológico ou psiquiátrico e aumentando o despiste de álcool e substâncias psicotrópicas.
Os militares que estejam a ser acompanhados psiquiatricamente, por decisão médica, passam a desempenhar funções administrativas e deixam de usar arma, facto que parece ser pouco relevante dado que a maioria continua a ter acesso a armamento, mesmo que pessoal e a usá-lo quando se pretende suicidar.
Apesar de o tratamento estatístico, quando envolve números pequenos e sem factos adicionais que os clarifiquem, poder não traduzir aspectos importantes, é patente, mesmo pelas notícias divulgadas, que o número de suicídios entre elementos das forças de segurança tem vindo a aumentar nestes últimos anos e que deve ser feito um paralelo com a evolução social, incluindo o aumento da criminalidade e alteração das leis penais, e da actual conjuntura económica.
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