quarta-feira, março 18, 2009

Fogos regressam ao Centro do País - 2ª parte


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Bombeiros durante um incêndio florestal

Nos últimos anos a distribuição do número de ocorrências, apesar de o total ser menor, tem sido mais uniforme ao longo do ano, com menos picos nos meses de Verão e maior número de incidências nos meses tipicamente mais frios, algo que devia ser acompanhado pela redistribuição dos efectivos disponíveis.

O mito de que os fogos ocorrem no Verão há muito que desapareceu, mas esta nova realidade, factualmente demonstrável, não tem sido devidamente acompanhada pela existência de um dispositivo mais permamente, mesmo que sacrificando um pouco o número de meios disponibilizados nos meses de Verão.

Uma distribuição mais uniforme de ocorrências ao longo do ano será também uma razão para aumentar o número de efectivos permanentes profissionais, facto que é essencial sobretudo quando em diversas áreas do País o número de voluntários tem diminuido na mesma proporção da desertificação e do envelhecimento das populações.

Com metade do território nacional actualmente em risco elevado, demonstra-se que os princípios que servem de base ao actual planeamento não traduzem a realidade e que modelos mais flexíveis, baseados numa maior disponibilidade, numa distribuição mais uniforme ao longo de todo o ano e no profissionalismo serão o caminho a seguir para assegurar permanentemente os meios indispensáveis para o combate aos fogos florestais.

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