quarta-feira, junho 10, 2009

O perigo das divergências entre as sondagens e os resultados - 1ª parte


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Um cartaz das eleições europeias de 2009

Os resultados das eleições europeias, que aparentemente surpreendem políticos e comentadores, demonstram que o flagrante erro de previsão de muitas sondagens, nomeadamente no respeitante aos partidos com maior número de votos, deve ser analisado e interpretado, lembrando factos concretos do passado.

Neste dia, queremos recordar a primeira vitória autárquica do Dr. Rui Rio, quando eleito como presidente da Câmara Municipal do Porto, algo que parecia impossível perante as sondagens e o que parecia ser o sentir da própria cidade, onde as vozes mais influentes se levantam em defesa do candidato socialista.

Hoje, perante os resultados daquele acto eleitoral, mais tarde confirmados, sabe-se que deviam ter sido analisados não apenas a nível dos votos apurados, mas do desfasamento existente relativamente às previsões, pondo em causa mais do que as simples transferências de votos, onde as interpretações tendem a ser de um facilismo que compromete uma análise mais profunda.

Quando surge um manifesto desfasamento entre as sondagens e os resultados, o qual não se deve nem ao método de auscultação nem ao modelo matemático usado, apenas podemos concluir que não existem condições, objectivas ou subjectivas, para que a reposta de parte dos inquiridos corresponda às suas reais intenções de voto.

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