terça-feira, agosto 11, 2009

50 bombeiros e cinco meios aéreos - 2ª parte


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Bombeiros preparam-se para combater um fogo

O resultado tem implicações locais, sobretudo nas fases do combate em que existe uma maior necessidade de efectivos, tal como a nível de consolidação e de rescaldo, mas também pode comprometer operações noutros locais, onde o apoio de meios aéreos como complemento eficaz de uma acção terrestre teria um efeito muito superior.

Esta opção, que pode ter alguns resultados no combate aos fogos, não o tem, certamente a nível do socorro, onde é impossível substituir na mesma escala a falta de meios humanos pela evacuação aérea de sinistrados ou doentes, algo que é agravado pelo encerreamento de valências nos serviços de saúde.

O recurso à utilização em massa de meios aéreos, como forma de compensar falta de efectivos em terra, vem no seguimento da opção pelo uso de água em substituição de ferramentas manuais e surge como corolário de uma perigosa insuficiência de pessoal, consequência inevitável da evolução demográfica e da mudança de hábitos e comportamentos em diversas regiões do País.

Mais do que discutir opções tácticas, demasiado condicionadas por factores que não dependem directamente de nenhuma decisão operacional, impõe-se analisar as causas profundas que levaram, inevitavelmente, a uma quase substituição de recursos humanos por meios aéreos e que espelham as políticas desajustadas que têm resultado no empobrecimento e desertificação de vastas áreas do território nacional, onde a capacidade de auto-defesa das populações há muito não existe.

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