Infelizmente este é um processo que se arrasta há demasiado tempo, fruto de promessas precipitadas, tal como o foi o encerramento de unidades de atendimento permanente cuja implementação de meios de socorro mais rápidos, como o caso destes novos helicópteros, não pode compensar.
Mesmo os pareceres técnicos, e obviamente o próprio senso comum, demonstram que esta solução, ou outra que se situe meramente no âmbito do socorro, não são adequadas nem abordam o problema da assistência médica das populações sob o mesmo angulo e na perspectiva de obter os mesmos resultados.
No entanto, independentemente de questões técnicas e mesmo de uma legalidade formal, de que se duvida, a falta de transparência do processo contribui de forma negativa para o prestígio da instituição e para a cada vez mais negativa imagem que existe do poder político, que aqui surge ultrapassado pelas decisões de alguém que, não obstante a sua posição hierárquica, continua a ser um funcionário do Estado.
Desde há milénios que é do conhecimento geral que a nível politico ou da gestão dos interesses públicos, não basta ser honesto, é preciso parecê-lo, e todo o processo de adjudicação deste serviço de helitransporte, pelos sucessivos incidentes que protagonizou, há muito devia ter sido anulado em prol de um novo concurso cujas regras fossem mantidas constantes desde o início e com o rigor técnico que reduzisse ao mínimo a possibilidade de contestação ou mesmo de suspeição.
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