quinta-feira, fevereiro 11, 2010

INEM admite necessidade de reforçar meios - 3ª parte


Image Hosted by ImageShack
Uma ambulância do INEM

Se bem que os resultados do ponto de vista estatístico pareçam animadores, numa actividade como o socorro quer a interpretação, quer a margem para opiniões negativas devem ser avaliadas com extrema cautela, dado que, embora muitas sejam a nível da percepção dos inquiridos, outras podem corresponder a situações graves que não podem passar desapercebidas numa sondagem globalmente favorável.

Por outro lado, a tolerância para falhas ou erros é praticamente inexistente, já que as mesmas podem ter consequências da maior gravidade, pelo que mesmo um alto índice de satisfação, excepto se irrepreensível, vai ser deixar transparecer sérias dúvidas quanto às razões de quem deu um voto negativo.

Seria, neste caso, de comparar a percepção dos inquiridos com os dados registados e aferir da percepção do público, já que a sensação de segurança das populações, ou a falta dela, depende não apenas de factos, mas de um sentir que pode não corresponder à realidade, bem como as circunstância factuais das quais resultou uma opinião negativa sobre o serviço prestado.

Mais do que este tipo de inquérito, a publicação dos que foram instaurados na sequência de incidentes ou situações menos claras, realizadas por entidades externas, independentes e de reconhecida idoneidade, seriam francamente mais úteis e transmitiriam não apenas uma imagem mais real da acção do INEM, mas também serviriam como uma base sólida para corrigir os erros que, independentemente da qualidade geral da instituição, não deixam de acontecer e resultam, por vezes, em situações da maior gravidade.

Sem comentários: