Podemos, portanto, mesmo com alguma margem, assumir que o orçamento do programa "Voluntariado Jovem nas Florestas", no qual estarão 7.000 jovens por uma semana, correspondendo a 49.000 dias de actividade, tem custos semelhantes aos de umas 40.000 horas de patrulhamento motorizado, efectuado em veículos adequados e munidos, na sua maioria, de equipamentos de comunicações.
Se compararmos, mesmo intuitivamente, os resultados práticos de uma e de outra vertente, mesmo fazendo variar o número de horas de partulhamento motorizado de modo a incluir dois ocupantes e reduzindo o número de horas para as 30.000, por exemplo, continuamos com uma capacidade operacional muito superior à do programa governamental, sobretudo tendo em atenção que os jovens nunca operam sózinhos, mas sempre em grupo.
Assim, excluindo a vertente pedagógica a nível dos participantes, a opção do Governo surge como de fraco efeito prático e a opção errada face a alternativas que, com verbas semelhantes, podem obter resultados muito superiores na vertente dos objectivos de prevenção dos fogos florestais.
Se considerarmos este programa como uma forma de educação ambiental, obviamente terá resultados positivos, mas na vertente operacional, como forma de vigilância, não é, manifestamente, a forma adequada de investir dinheiros públicos, os quais teriam um muito maior retorno caso a aposta fosse no sentido que propusemos.
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