quarta-feira, abril 28, 2010

Menos bombeiros e mais viaturas no combate aos fogos - 2ª parte

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Um incêndio florestal em Portugal

A opção por continuar a apostar essencialmente em material, e recordamos que assistimos a situações onde a cada dezena de bombeiros no solo, está presente um meio aéreo, reflete por um lado o facto de os efectivos anunciados serem teóricos e muito inferiores aos reais, pelo que a alternativa tende a ser o recurso a descargas sucessivas de água, consolidando pouco os resultados.

Esta é uma consequência natural da desertificação do Interior, onde apenas o desemprego, que se espera sazonal, tem impedido um possível descalabro a nível de efectivos, do que tem resultado um evoluir das táticas e técnicas de combate no sentido de substituir o escasso número de efectivos por material.

Naturalmente, esta evolução tem implicações nos resultados e nos custos, que tendem a ser extremamente elevados, sobretudo devido ao uso de numerosos meios aéreos, com os quais se adiciona mobilidade, mas também um conjunto de limitações operacionais derivadas, por exemplo, da meteorologia.

Após um ano de 2009, no qual arderam perto de 77.000 hectares de floresta e matos até ao fim da "Fase Charlie", o que contrariou a anterior tendência para a diminuição da área, é com alguma preocupação que se encara a chegada do tempo quente, com um Verão que se prevê com temperaturas elevadas e quando muitas das áreas devastadas em 2003 e 2005 começam a estar cobertas de vegetação.

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