quarta-feira, junho 02, 2010

Bombeiros receiam que investimento no GIPS dite fim de corporações - 5ª parte

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Bombeiros no transporte de um doente

Mas se duvidamos da viabilidade de um modelo onde parte das missões de uma corporação transitam para o GIPS, ou para outra força ou entidade, o próprio recrutamento e o apoio das populações pode ser posto em causa, comprometendo ainda mais a sobrevivência das corporações.

A capacidade de recrutamento, que depende do leque de missões a desempenhar pelos interessados em integrar os bombeiros, sem a vertente do combate às chamas, que sendo a mais perigosa, também poderá ser a mais atractiva para muitos, certamente diminuirá substancialmente, sendo este factor tanto mais grave quanto mais desertificada for a região onde está sedeada a corporação.

Igualmente grave será o sentir das populações locais, para quem os bombeiros sem a missão de combate aos fogos dificilmente merecerá o mesmo apoio, pelo que duvidamos que o volume contributivo das mesmas se mantenha e possa colmatar o sempre deficitário transporte de doentes e a redução de apoios autárquicos, inevitável neste quadro operacional.

A falta de verbas, a diminuição de apoios financeiros a todos os níveis e a própria incapacidade de manter os efectivos, caso se verifique a perda da vertente de combate aos fogos, poderá facilmente determinar o fim de numerosas corporações, independentemente do modelo de financiamento adoptado, já que do desinteresse das populações locais decorre, inevitavelmente, o fim da capacidade mobilizadora essencial ao voluntariado e a sangria de efectivos para além dos limites necessários à manutenção da capacidade operacional.

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