Um incêndio florestal em Portugal
Se a opção é por uma força profissional, faria mais sentido profissionalizar um maior número de bombeiros, recrutando entre os voluntários mais experientes, que têm uma experiência de combate aos fogos superior aos militares da GNR, pelo que, naturalmente, não terá sido este o critério, o que leva a equacionar outras possibilidades.
A inegável vantagem de uma força militar relativamente aos bombeiros profissionais, tendo em conta que durante as missões de combate aos fogos os GIPS dificilmente desempenharão funções na área da segurança ou manutenção da ordem pública, terá a ver com questões directamente relacionadas com a estrutura hierárquica e o estatuto dos elementos, nomeadamente em termos de obediência e na relação com o poder político.
É manifesto que o sistema hierárquico e o grau de obediência de uma força militar, que tipicamente obedece sem protestar e tem um maior grau de reserva, é tentador para o poder político que assim evita críticas, reivindicações ou qualquer forma de luta ou resistência, mesmo que face a opções francamente injustas.
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