domingo, maio 30, 2010

Bombeiros receiam que investimento no GIPS dite fim de corporações - 2ª parte

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Um incêndio florestal em Portugal

Podemo-nos interrogar relativamente à opção de previlegiar o GIPS em detrimento dos bombeiros, sobretudo daqueles que são profissionais, os quais terão, em princípio, maior experiência no combate aos fogos quando comparados com os militares da GNR, ou qual a razão pela qual não se investe mais nos voluntários, que, para além de constituirem a maioria dos efectivos que enfrentam as chamas, têm uma relação custo eficácia mais vantajosa.

Se a opção é por uma força profissional, faria mais sentido profissionalizar um maior número de bombeiros, recrutando entre os voluntários mais experientes, que têm uma experiência de combate aos fogos superior aos militares da GNR, pelo que, naturalmente, não terá sido este o critério, o que leva a equacionar outras possibilidades.

A inegável vantagem de uma força militar relativamente aos bombeiros profissionais, tendo em conta que durante as missões de combate aos fogos os GIPS dificilmente desempenharão funções na área da segurança ou manutenção da ordem pública, terá a ver com questões directamente relacionadas com a estrutura hierárquica e o estatuto dos elementos, nomeadamente em termos de obediência e na relação com o poder político.

É manifesto que o sistema hierárquico e o grau de obediência de uma força militar, que tipicamente obedece sem protestar e tem um maior grau de reserva, é tentador para o poder político que assim evita críticas, reivindicações ou qualquer forma de luta ou resistência, mesmo que face a opções francamente injustas.

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