Na zona da serra da Estrela, durante os primeiros 20 dias de Agosto perderam-se quase 5.000 hectares, distribuidos pelos concelhos de Celorico da Beira, Seia, Gouveia e Guarda, correspondendo a 5.52% da área do parque natural.
São diversas as causas desta incidência de fogos em zonas protegidas, que começam pela ausência de vigilância, as quais implicam gastos, mas que se prolongam até à falta de acessos, que resultam em grande parte das restrições à circulação, as quais, longe de proteger estes espaços, os vulnerabilizam.
Acresce ainda a incapacidade de rentabilizar estes espaços, promovendo actividades adequadas, enquanto se opta por taxar a circulação, obtendo valores residuais que não compensam o afastamento de potenciais visitantes, os quais tendem a optar por vias sem esta estranha forma de portagem.
Portanto, não se pode imputar exclusivamente, nem sequer como factor primordial, a falta de verbas disponíveis, mas o conjunto de opções de gestão que transforma estas áreas ecológicas em terra queimada ao mesmo tempo que veda ao público em geral o usufruto de algo que a todos pertence e que suportamos com os nossos impostos.
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