quarta-feira, setembro 01, 2010

15% da área ardida foi em zonas protegidas - 3ª parte

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Combate a um fogo florestal em Portugal

A incapacidade de conciliar a protecção com a sustentabilidade económica, que para além de uma exploração dos recursos, passa também pela disponibilização da sua riqueza natural a quem dela queira usufruir, optando-se por fechar as áreas protegidas, é um exemplo moderno daquele a quem é confiado algo de precioso e, não apenas se revela incapaz de o rentabilizar, como permite que parte seja furtado.

Com dados tão negativos em termos de áreas protegidas, as quais deviam merecer uma atenção especial por parte do Estado, a ideia de este poder expropriar terrenos privados supostamente abandonados assume contornos de absurdo que em muito ultrapassam as limitações legais existentes.

É manifesto que o Estado gere mal as áreas que lhe estão confiadas, seja por serem sua propriedade, seja por se revestirem de interesse público, não tanto por uma questão de ordem financeira, mas pela ausência de visão estratégica que é demonstrada pelos seus responsáveis, consbstanciada na falta de um modelo de desenvolvimento seja para a floresta, seja para o sector agrícola, seja para o País no seu todo.

Neste quadro, a elevada percentagem da incidência de fogos em áreas protegidas, acaba por ser perfeitamente natural, uma consequência directa de políticas erradas, que nenhumas condições atmosféricas, factor humano ou outras, que obviamente existem, podem justificar em toda a sua extensão.

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