Continuamos a defender a teoria de que os erros nas sondagens derivam sobretudo de constrangimentos nas repostas, com parte dos inquiridos a optar por não revelar as suas reais intenções, temendo, mesmo que inconsciente ou irrealisticamente, que daí possa resultar alguma forma de penalização.
Desta forma, quanto mais opressiva é a percepção que os inquiridos têm da realidade nacional, e nela se incluem numerosas vertentes, entre as quais a política, económica ou social, maior o desfasamento das respostas relativamente à efectiva intenção de voto.
Salientamos que tal deriva sobretudo da percepção individual, para o que confluem factores objectivos e subjectivos, os quais podem não traduzir a realidade, mas que não deixam de ser de analizar, dado que traduzem o sentir popular.
Será um desafio interessante acompanhar as sondagens que irão ser divulgadas e compará-las com os resultados eleitorais, de modo a aferir qual a qualidade da democracia em que vivemos e se a liberdade formal de que disfrutamos tem uma tradução real, situação na qual os resultados das sondagens serão muito próximos dos resultantes da contagem dos votos.
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