Mesmo sem dados que o consubstanciem, e realmente desconhecemos qualquer estudo neste sentido, prevalece em nós a ideia de que não se verificou uma real mudança no sentido de voto, mas tão somente um assumir de posições contra o poder instituido à medida que a percepção de que este ia mudar foi crescendo.
Esta possibilidade difere em muito da teoria de que existe uma colagem dos indecisos aos possíveis vencedores, algo que é muitas vezes defendido por diversos especialistas, mas que nos surge como algo de francamente marginal, sobretudo porque, perante o secretismo do voto, o seu sentido pode ser facilmente anunciado posteriormente sem receio de um desmentido.
Em contrapartida, o assumir de uma posição, há muito decidida e interiorizada, à medida que as consequência de desafiar o poder reinante, que infelizmente sempre teve atitudes descricionárias, premiando os apoiantes e prejudicando os opositores, vão sendo atenuadas pela sua previsível derrota e subsquente mudança, surge como lógica e plausível, mesmo que contrariando numerosas teorias.
Na verdade, quando o líder de uma força partidária tem uma taxa de rejeição de 70%, não é crível que esse partido alcance resultados que excedam os 30% complementares, sendo este uma dado que não pode deixar de ser tido em contra e que serve de mecanismo de correcção face a sondagens cujos resultados são, no mínimo, dúbios.
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