Desta conjunção, resultaria imediatamente a conclusão de que qualquer sondagem que atribuisse a essa força política resultados superiores a 30% estaria afastada da realidade, pelo que seria necessário introduzir mecanismos de correcção, usando como base os dados recolhidos sobre os quais se efectuam ajustes, sintetizando os factores conhecidos que podem resultar no resultado que se presume verdadeiro.
Pode-se sempre alegar que a introdução de um factor subjectivo pode reduzir o rigor científico resultante da metodologia utilizada e devidamente publicitada, mas o facto é que o erro não resulta das fórmulas utilizadas, mas das respostas dos inquiridos, parte dos quais, por diversas razões, não revela a sua verdadeira intenção de voto, substuindo-a por aquela que favorece o poder instalado.
Esta questão é, consideramos, a mais sensível, a mais complicada de aferir, mas também a mais interessante, dado que revela questões tão complexas como ligações de dependência ou receios, sendo o desfasamento tanto mais sensível quanto menor a qualidade do regime democrático, revelando-se assim o temor de substancial parte da população.
Este temor pode ser objectivo, resultante de promessas, ameaças ou condicionalismos, podendo, inclusivé ter sido explicitado, mas na sua maioria será resultante de uma percepção subjectiva, resultante da interpretação de um conjunto de mensagens ou sinais os quais, propositadamente ou não, nunca terão sido desmentidos.
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